13 perguntas e respostas sobre a vacinação das crianças contra a covid

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Os pequenos já podem preparar o braço porque a imunização do público infantil começou em várias cidades brasileiras. No mês passado, a Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, aprovou o imunizante da Pfizer na versão pediátrica para crianças de 5 a 11 anos. E no início de janeiro, o Ministério da Saúde incluiu esse grupo em seu Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19.

Com o início da vacinação, surgem muitas dúvidas dos pais com relação à imunização dos filhos. Por isso, respondemos alguns dos principais questionamentos das famílias. Confira!

1) Qual é a ordem de prioridade?

Fique atento! O Ministério da Saúde estabeleceu uma ordem de prioridade com relação à vacinação. No entanto, sempre verifique se seu município seguirá a recomendação do órgão. Anote aí! A lista de prioridades é a seguinte:

Indígenas e Quilombolas.

Crianças com 5 a 11 anos com deficiência permanente ou com comorbidades.

Crianças que vivam em lar com pessoas com alto risco para evolução grave de
Covid-19.

Crianças sem comorbidades, na seguinte ordem:
– crianças de 10 e 11 anos;
– crianças de 8 e 9 anos;
– crianças de 6 e 7 anos;
– crianças com 5 anos

2) Quando a vacinação das crianças irá começar?

O início da vacinação depende do calendário de cada município. Em São Paulo, a imunização do grupo prioritário começou no dia 17 deste mês de Janeiro, assim como no Rio de Janeiro, Curitiba, Rio Branco, Maceió, Macapá e Manaus.

Outras cidades começaram a imunização infantil no sábado (15): Salvador, Florianópolis, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Vitória, São Luís e Aracaju. No domingo (16), a vacinação de crianças iniciou em Brasília e em João Pessoa. Para verificar como está a imunização em sua cidade, basta acessar o site da Secretaria Municipal de Saúde do seu município.

3) Preciso levar receita médica?

Não. O Ministério da Saúde recomendou que os pais conversem com um médico antes da aplicação da vacina, porém, não exigirá uma receita médica para a imunização. A autorização por escrito só será necessária caso o responsável pela criança não puder acompanhá-la.

4) Quais documentos levar em caso de crianças com comorbidades?

Para comprovar a comorbidades dos filhos, é preciso apresentar comprovantes da condição de risco, como exames, receitas, relatório médico e prescrição médica.

5) Quais comorbidades são consideradas pelo Ministério da Saúde?

Entre as comorbidades consideradas pelo Ministério da Saúde estão: insuficiência cardíaca, cardiopatia hipertensiva, diabetes mellitus, doença renal crônica e anemia falciforme [confira mais comorbidades no quadro abaixo].

6) Qual é o intervalo entre as doses?

Oito semanas (cerca de 2 meses).

7) As crianças vão receber a mesma dose que os adultos?

Não! O gerente da Anvisa Gustavo Mendes explicou que existem diversas diferenças na dose da vacina oferecida para crianças em relação a já aplicada para os maiores de 12 anos. Por isso, houve até mesmo uma mudança na cor do frasco do imunizante, que terá a tampa laranja, com o intuito de evitar erros. Fique atento e confira as principais distinções no quadro abaixo:

8) Meu filho completou 12 anos antes da segunda dose, o que fazer?

Crianças que completarem 12 anos entre a primeira e a segunda dose devem permanecer com a vacina pediátrica.

9) Essa vacina é eficaz e segura?

De acordo com os testes clínicos, o imunizante tem se mostrado muito seguro sim! Um estudo apresentado sugere que a vacina da Pfizer/BioNTech é segura e eficaz para crianças de 5 a 11 anos com um terço da dose usada em adolescentes e adultos.

A fabricante já tinha divulgado para a agência norte-americana, Food and Drug Administration (FDA, sigla em inglês), estudos que mostravam que as respostas imunológicas de crianças de 5 a 11 anos de idade foram comparáveis às de indivíduos de 16 a 25 anos. Um dos achados foi de que a vacina foi 90,7% eficaz na prevenção contra a covid-19 nessa faixa etária. Na pesquisa, a segurança do imunizante foi estudada em aproximadamente 3.100 crianças dessa faixa etária. Após receberem a vacina, os pequenos não tiveram nenhum efeito colateral grave durante a realização das pesquisas.

10) As crianças só podem receber a vacina da Pfizer?

Sim, o imunizante da Pfizer é o único aprovado no país para esse público até o momento.

11) As crianças podem receber a vacina contra a covid no mesmo dia que outra vacina do calendário infantil?

A Anvisa não recomenda que a vacina contra a covid-19 seja administrada de forma concomitante a outras vacinas do calendário infantil, por precaução, sendo recomendado um intervalo de 15 dias.

12) Quais são as recomendações para a aplicação da vacina?

– A imunização deve ser iniciada após o treinamento completo das equipes de saúde que farão a aplicação da vacina, uma vez que a maioria dos efeitos adversos deve-se à administração e preparação erradas do produto;

– É necessário ter um ambiente específico para a vacinação das crianças, separado dos adultos, e que seja acolhedor e seguro para os pequenos;

– Em comunidades isoladas, sempre que possível, a vacinação das crianças deve ser feita em dias diferentes dos adultos;

– É preciso que a sala para aplicar o imunizante seja exclusiva para a covid-19, não sendo aproveitada para outras vacinas, ainda que pediátricas;

– Evitar vacinação de crianças de 5 a 11 anos em drive-thru;

– Antes de aplicar o imunizante, o profissional deve informar o responsável sobre as principais reações esperadas;

– Pais devem ser orientados a procurar os médicos, caso as crianças apresentem dor repentina no peito, falta de ar ou palpitação após a aplicação;

– Que os profissionais mostrem aos pais ou responsáveis que se trata de vacina contra a covid-19, de cor laranja, mostrar a seringa de 1 ml com volume de 0,2 ml a ser aplicado.

13) Caso a criança tenha alguma reação como dor local e febre, o que fazer?
Segundo o infectologista Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a recomendação é dar apenas analgésicos e antitérmicos. No caso de dor local, é possível também fazer uma compressa. Geralmente, frias nas primeiras 24 horas e aquecidas e mornas depois de 24 horas.

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