A partir de um aumento do número de casos de covid-19 em adultos, veículo de imprensa realizarou um levantamento para saber se houve também uma taxa maior em crianças. Com os boletins diários de hospitais como, Grupo São Cristóvão Saúde, Rede D’Or São Luiz, Sabará Infantil, Santa Catarina e Moinhos de Vento, felizmente o número de internações foi pequeno, segundo os dados apresentados pelos centros médicos.
No São Cristóvão Saúde, até o dia 4 de março de 2021, apenas um paciente pediátrico com suspeita de covid-19 está internado, mas não em UTI. Pelo Hospital Moinhos de Vento, localizado no Rio Grande do Sul, quatro crianças estão na UTI pediátrica e outras quatro na internação comum, sendo que em ambos os casos foi dado entrada no hospital em fevereiro.
Pelo Hospital Santa Catarina, estão internados dois pacientes com casos confirmados de covid-19, sendo um na UTI e outro em leito comum. No Hospital Sabará Infantil houve um registro maior de internações pediátricas, sendo 26 em janeiro. No mesmo mês, houve também um pico no número de casos, 120 confirmados, sendo o maior durante a pandemia. Em fevereiro, o centro médico registrou uma queda nas taxas/dia, passando da média 3,8/dia para 3,2/dia. A Rede São Luiz apresentou em seu boletim um caso de covid-19 detectado em janeiro e dois em fevereiro. Vale lembrar que mesmo a partir de 113 admissões de casos suspeitos, apenas três foram confirmados nos dois meses.
O retorno escolar pode trazer a circulação de outros vírus
O Dr. Cláudio Len, pediatra, faz um alerta para a circulação de outros vírus. “As crianças, neste momento, são o que menos preocupam em relação ao coronavírus. Isso porque o covid-19 causa internações na minoria delas”. Ainda assim, é importante que as famílias continuem se cuidando e seguindo todos os protocolos de segurança” como, higienização das mãos, uso de máscaras e o isolamento e distanciamento social.
No caso da abertura das escolas, por exemplo, para Roberta e Taís Bento, mãe e filha, criadoras do SOS Educação, a comunidade precisa fazer a sua parte e continuar se protegendo. “Fechar as escolas é estabelecer na mente de nossos filhos um lugar de pouca importância para a educação. Em diversos outros países, os adultos seguem abrindo mão de praia, bar, cinema e teatro, para que os filhos possam ir para a escola com o menor risco possível de contágio”.
No entanto, o pediatra comenta ainda que com o retorno escolar presencial, houve a circulação de outros vírus, como a bronquiolite, uma infecção infantil comum, no qual há um inchaço e acúmulo de muco nos bronquíolos. “As doenças respiratórias logicamente são associadas as crianças voltando às aulas. A bronquiolite é uma doença mais comum em crianças de até dois anos de idade e, principalmente, nas crianças pequenas quando voltam das escolinhas, creches e berçários”.