Conforme um estudo publicado nesta quinta-feira, 10 de outubro, pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), um em cada cinco brasileiros são obesos. Se em 1996 a taxa era de 12,7%, em 2007 pulou para 22,1%. O Brasil não pertence à organização, mas possui porcentagens próximas dos países pertencentes como os Estados Unidos, por exemplo, que tem 36,2% da sua população adulta como obesa.
O estudo também analisou a porcentagem em crianças e no Brasil, aproximadamente 11% são obesas, sendo que a média é de 9,9%. Eles explicaram que crianças acima do peso demonstram baixo desempenho escolar, frustração e, as chances de sofrer bullying aumentam em quase 4 vezes.
Os responsáveis pelo estudo acreditam que precisam investir em prevenções para lidar com essa questão. Eles também revelam que dos 52 países analisados, apenas 45 possuem têm programas específicos para a obesidade infantil.
A obesidade pode afetar a economia?
A OCDE afirma que os resultados podem atingir a economia dos países, porque os gastos com saúde serão maiores com indivíduos que são sedentários e possuem um costume alimentar pobre em nutrientes. Além disso, a sua condição pode fazer com que sejam menos produtivos. Eles também afirmam que isso pode reduzir em até 3,3% do PIB dos países no período de 2020 a 2050, mas no Brasil as consequências serão maiores, alcançando uma diminuição de 5,5%.
A organização também relacionou a condição financeira com os hábitos alimentares. Eles concluíram que as pessoas de baixa renda, provavelmente, consomem alimentos menos saudáveis.
O levantamento é baseado em critérios definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que levam em conta o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). O IMC é uma equação que leva em conta o peso e a altura da pessoa.