Os bebês sentem mais frio? Veja como deixar seu filho quentinho no inverno

Você sabia que as mãos e pés do bebê não devem ser um parâmetro para saber se ele está com frio? Conversamos com especialista, que explicaram no que os pais precisam ficar de olho para saber se os filhos estão bem agasalhados

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Quando chega o frio de vez, é sempre aquele susto. Tiramos os casacos do armário e só assim para encarar. Mas, como ficam os bebês? A primeira coisa que pensamos é que eles devem estar com muito mais frio, porém não é bem isso que acontece na prática.

Os bebês realmente sentem mais frio que a gente, mas nem tanto. “Normalmente, eles usam uma peça a mais que nós, adultos”, explica Fernanda Viana, pediatra do Saúde4Kids. Mas, a boa notícia é que mesmo que seu filho não demonstre desconforto, é possível identificar se ele está ou não com frio.

Como saber se o bebê está com frio

De acordo com o Dr. Eduardo Rosset, médico pediatra e pneumologista pediátrico do Instituto de Pediatria e Puericultura (IPP), a dica é sempre checar a temperatura pela barriga, tronco e/ou costas do bebê.

“Se essas partes do corpo do bebê estiverem frias, ele precisa ser aquecido com uma peça adicional de roupa ou coberta. Tremores s palidez também podem ser sinais de que o bebê não está confortável com a temperatura”, explica o especialista.

Bebês com mãos e pés gelados estão com frio?

Não necessariamente! O pediatra comenta que as extremidades do corpo do recém-nascido ou do bebê, como os pés e as mãos, costumam ser mais gelados do que o restante do corpo. “Por isso, não devem servir como parâmetro para verificar se a criança está com frio”, completa.

Como saber se o bebê está passando calor

Vale lembrar ainda que agasalhar demais o bebê também pode ser um problema! Para saber se ele está passando calor, vale ficar de olho em alguns sinais: “Corpo quente e cabeça suada são sinais de que o bebê pode estar com calor”, explica Fernanda.

Além disso, Eduardo Rosset acrescenta ainda que regiões como barriga, peito, costas e pescoço suados também significam que seu filho pode estar passando calor. “O recomendado neste caso é retirar uma camada de roupa”, orienta o médico.

Assim como no verão, o excesso de roupas e a transpiração também podem causar brotoejas no bebê durante o inverno. Por isso, agasalhe-o apenas com o necessário, sem exagerar! Isso ocorre porque o tecido não deixa a pele respirar. Para evitar o problema, use peças mais leves e de algodão.

Como aquecer o bebê no inverno

Mesmo em casa, os cuidados com o bebê no inverno devem ser redobrados. O uso de aquecedor elétrico, por exemplo, pode diminuir a umidade do ar e pode levar ao ressecamento das vias aéreas. “Não use por períodos prolongados e nunca deixe a criança sozinha num ambiente com aquecedor ligado”, alerta Fernanda.

Outro artifício muito usado no frio são as bolsas de água quente para esquentar a cama das crianças, mas essa é uma saída perigosa. “As bolsas podem provocar queimaduras nos bebês, além dos risco de romperem ou vazarem e molharem o berço. O ideal é manter o bebê aquecido com roupas adequadas”, completa a médica.

E se surgir aquela dúvida se o bebê está ou não com frio, Eduardo Rosset orienta que os pais fiquem de olho no comportamento dos filhos. “Se estiver desconfortável – com frio ou calor – ele irá dar sinais de irritação e choro”, comenta.

Como dar banho no bebê no inverno

Para dar banho no bebê no inverno, o pediatra recomenda ligar o chuveiro alguns minutos antes do banho, justamente para vaporizar o ambiente. Na banheira, a água deve estar em torno de 37ºC e 38ºC e o banho deve ser rápido! “Caso tenha aquecedor, use no quarto apenas enquanto troca a criança”, recomenda.

Eduardo Rosset explica ainda que é importante que os pais se atentem ao horário do banho do bebê. “Especialmente quando as temperaturas estão mais baixas, é interessante que o banho seja dado antes do início da noite, momento em que tende a registrar uma queda ainda maior nos termômetros”.

Posso sair com o bebê no frio?

Pode, mas é muito importante que ele esteja agasalhado o suficiente. A Dra. Fernanda orienta que os horários mais frios sejam evitados, como o início da manhã e à noite. “Isso preservará seu filho de choque térmico e possíveis complicações à saúde, especialmente da saúde respiratória”.

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