{"id":1091,"date":"2022-04-13T12:37:00","date_gmt":"2022-04-13T15:37:00","guid":{"rendered":"https:\/\/babyfacemagazineonline.com.br\/?p=1091"},"modified":"2022-04-19T13:09:00","modified_gmt":"2022-04-19T16:09:00","slug":"como-os-bebes-sentem-o-amor-a-resposta-vai-te-surpreender","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/babyfacemagazineonline.com.br\/como-os-bebes-sentem-o-amor-a-resposta-vai-te-surpreender\/","title":{"rendered":"Como os beb\u00eas sentem o amor? A resposta vai te surpreender"},"content":{"rendered":"\n

A palavra amor carrega significados e representa\u00e7\u00f5es presas em uma caixa. Por isso, muitas vezes, entendemos que s\u00f3 o sente quem o demonstra com abra\u00e7os, beijos e, principalmente, palavras. Mas e quem ainda n\u00e3o consegue fazer isso? Sim, esse \u00e9 o caso dos beb\u00eas.<\/p>\n\n\n\n

Eles n\u00e3o s\u00e3o capazes de expressar com palavras o que est\u00e3o sentindo, mas isso n\u00e3o significa que eles n\u00e3o o sintam. Ali\u00e1s, pelo contr\u00e1rio! Dr. Cl\u00e1udio Len, pai de Fernando, Beatriz e Silvia, pediatra formado pela Faculdade de Medicina da Santa Casa, mostra que o amor vai al\u00e9m. \u201cQualquer um sente amor. \u00c9 um sentimento org\u00e2nico do ser vivo. Mas \u00e9 uma coisa que voc\u00ea d\u00e1, e a pessoa responde como puder\u201d, comenta. \u201cO amor passa atrav\u00e9s dos sentidos: audi\u00e7\u00e3o, vis\u00e3o, olfato, tato e paladar \u2013 e algumas outras coisas que n\u00e3o conseguimos saber exatamente. Ele resulta de v\u00e1rias rea\u00e7\u00f5es qu\u00edmicas que provocam nossos sentidos e produzem outros comportamentos \u2013 como carinho, cuidado e\u00a0empatia\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Um beb\u00ea que cresce recebendo amor vira um adulto cheio de amor para dar. Como o nosso c\u00e9rebro \u00e9 um conjunto de rea\u00e7\u00f5es resultantes do nosso desenvolvimento neurol\u00f3gico, \u00e9 natural que cultivemos aquilo que sempre nos deram. \u201cNossas melhores maneiras s\u00e3o sensoriais, sem d\u00favida\u201d, diz ainda Dr. Cl\u00e1udio. \u201cPor isso, o carinho, o olhar, o toque, a conversa, o\u00a0brincar\u00a0\u2013 tudo o que um pai possa dar para um filho \u00e9 a melhor forma de passar esse amor\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Para al\u00e9m da ci\u00eancia<\/h2>\n\n\n\n

O amor faz parte das rela\u00e7\u00f5es e \u00e9 capaz de ensinar muito para todas as pessoas. Mesmo com a ansiedade que a chegada de um beb\u00ea pode trazer para uma fam\u00edlia, a gente garante: o medo de que seu filho n\u00e3o est\u00e1 sentindo o seu amor n\u00e3o deve fazer parte disso.<\/p>\n\n\n\n

Amanda Pereira, m\u00e3e de Jorge e Jo\u00e3o, contou que foi por causa do amor que ela conseguiu atravessar a avalanche de emo\u00e7\u00f5es que permeou a chegada dos filhos \u2013 e estreitou ainda mais os la\u00e7os com eles.<\/p>\n\n\n\n

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\u201cQuando chega o beb\u00ea, voc\u00ea tem inseguran\u00e7as, d\u00favidas, medos. Mas nenhuma dessas coisas s\u00e3o relacionadas ao amor que voc\u00ea sente por ele e como ele percebe isso\u201d, diz ela. \u201cEsse encontro \u00e9 uma constru\u00e7\u00e3o que j\u00e1 tem um direcionamento, e \u00e9 uma conex\u00e3o muito forte. Quer dizer, voc\u00ea chega perto do beb\u00ea e o seio produz\u00a0leite! Isso \u00e9 uma coisa muito poderosa. A\u00ed vem o olhar, a pele, o contato f\u00edsico, o\u00a0banho, uma s\u00e9rie de demonstra\u00e7\u00f5es de amor que a gente vai fazendo\u201d.<\/p>\n\n\n\n

E ainda completa: \u201cTodo o cotidiano e toda a rela\u00e7\u00e3o \u00e9 pautada nesse amor incondicional. A m\u00e3e n\u00e3o tem cansa\u00e7o, sono, fome \u2013 em primeiro lugar s\u00e3o as necessidades e os cuidados com o beb\u00ea. E certamente ele o sente, com esse entendimento emocional. Essa coisa de se acalmar quando escuta a sua voz, ou, quando ele busca o\u00a0seio\u00a0n\u00e3o s\u00f3 porque t\u00e1 com fome, mas porque precisa de aconchego\u201d.<\/p>\n\n\n\n

O choro, o medo e a fragilidade de um ser que acabou de chegar no mundo mostram, por si s\u00f3, a necessidade do amor. Por isso, a confian\u00e7a que esse beb\u00ea vai ganhando com o tempo para que deixe ser cuidado pelos pais mostra que o sentimento, sim, est\u00e1 presente dentro deles. Silvia Lobo, psic\u00f3loga, psicanalista e m\u00e3e de Adriana, Suzana e Maur\u00edcio, esclarece que a base de uma rela\u00e7\u00e3o de afeto entre pais e filhos tem seus primeiros passos dados por quem o entende, em atitudes que podem at\u00e9  parecer simples demais.<\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 esperado que o amor dos pais aos filhos anteceda o amor dos filhos aos pais. Os beb\u00eas demoram para conseguir dizer \u2018obrigado\u2019 ou \u2018te amo\u2019, mas demonstram esses sentimentos dormindo, comendo e crescendo. Beb\u00eas n\u00e3o s\u00e3o capazes de amar na sua chegada \u00e0 vida e demandam muitos cuidados, zelo por sua sobreviv\u00eancia e respeito por suas necessidades. Os pais que percebem o amor se manifestando dessa forma, se acalmam e se sentem recompensados\u201d, diz Silvia.<\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/figure><\/div>\n\n\n\n

Thiago Queiroz, por exemplo, pai de Dante, Gael, Maia e Cora, e autor do livro \u201cAbrace seu filho\u201d admite que viu o amor crescer pelos quatro filhos nos primeiros dias de cada um em casa, mesmo nos per\u00edodos de adapta\u00e7\u00e3o. E ver o la\u00e7o entre ele e as crian\u00e7as se estreitar foi parte de um processo muito especial. \u201cAcho que essa linguagem do amor vai se tornando cada vez mais complexa \u00e0 medida que o beb\u00ea cresce. Tudo acontece atrav\u00e9s do cuidado, faz parte do processo. Dormir juntos, estar perto quando esse beb\u00ea chora, seja por causa de fraldas<\/a><\/strong>, porque est\u00e1 com medo, com calor ou com frio\u201d, diz.<\/p>\n\n\n\n

Beb\u00eas sabem que s\u00e3o amados sem saberem o que \u00e9 o amor. E isso acontece porque, antes de entenderem o que \u00e9 esse sentimento, eles j\u00e1 o demonstram no v\u00ednculo com os pais. \u201cTudo isso vai se tornando uma linguagem cada vez mais complexa, at\u00e9 que a crian\u00e7a consiga entender o que \u00e9 amor e, principalmente, que ela \u00e9 amada\u201d, acrescenta Thiago.<\/p>\n\n\n\n

Para dar e receber<\/h2>\n\n\n\n

Os beb\u00eas t\u00eam um sentimento irracional e muito forte pela fam\u00edlia. Por causa disso \u2013 e sendo o c\u00e9rebro uma m\u00e1quina complexa capaz de armazenar detalhes do que vivemos j\u00e1 no come\u00e7o da vida \u2013 o amor que fam\u00edlias destinam aos beb\u00eas \u00e9  sempre muito importante. Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, nos EUA, mostrou que o amor que pais d\u00e3o aos filhos tem influ\u00eancia direta no hipocampo \u2013 parte do c\u00e9rebro respons\u00e1vel por habilidades cognitivas como a mem\u00f3ria, o aprendizado e o controle das emo\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Os cientistas acreditam que isso se deve ao fato de que, nos beb\u00eas, existe uma maior elasticidade do c\u00e9rebro, que acaba sendo mais afetado pelo que foi vivido nos primeiros meses de vida. Resultado: as experi\u00eancias afetivas de beb\u00eas n\u00e3o s\u00f3 s\u00e3o essenciais, como podem trazer consequ\u00eancias muito positivas para a vida adulta.<\/p>\n\n\n\n

\u201cComo todos os sentidos, a troca vai se desenvolvendo. Uma crian\u00e7a \u2013 nos primeiros anos de vida \u2013 vai tendo um desenvolvimento neurol\u00f3gico. E esse carinho e afeto vem de uma troca. Ent\u00e3o um dos jeitos de voc\u00ea saber que est\u00e1 tendo essa troca de amor s\u00e3o as respostas dela\u201d, afirma Dr. Cl\u00e1udio. \u201cQuando uma crian\u00e7a recebe amor, ela devolve o amor. E amor \u00e9 isso: um sorriso, uma alegria, uma troca e um carinho\u201d. O amor \u00e9 complicado e at\u00e9 mesmo n\u00f3s, adultos, temos dificuldade de entend\u00ea-lo. Por isso, muito mais do que seguir regras, se permita sentir ele ao m\u00e1ximo e seu filho com certeza ir\u00e1 senti-lo tamb\u00e9m.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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