{"id":847,"date":"2021-04-16T12:07:00","date_gmt":"2021-04-16T15:07:00","guid":{"rendered":"https:\/\/babyfacemagazineonline.com.br\/?p=847"},"modified":"2021-05-07T12:19:33","modified_gmt":"2021-05-07T15:19:33","slug":"transtorno-de-compulsao-alimentar-periodica-o-que-e-como-tratar-e-a-ligacao-com-uso-de-telas","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/babyfacemagazineonline.com.br\/transtorno-de-compulsao-alimentar-periodica-o-que-e-como-tratar-e-a-ligacao-com-uso-de-telas\/","title":{"rendered":"Transtorno de Compuls\u00e3o Alimentar Peri\u00f3dica: o que \u00e9, como tratar e a liga\u00e7\u00e3o com uso de telas"},"content":{"rendered":"\n

Durante a pandemia, passar\u00a0mais tempo em frente \u00e0s telas\u00a0tem se tornado algo bastante comum. Seja durante as aulas online, ou nos momentos de lazer, \u00e9 preciso ficar de olho na possibilidade do desenvolvimento de um Transtorno de Compuls\u00e3o Alimentar Peri\u00f3dica (TCAP). A partir de um estudo realizado pela Universidade da Calif\u00f3rnia, em parceria com a Universidade de Toronto, foi visto que crian\u00e7as com idades entre 9 e 11 anos, que utilizam aparelhos eletr\u00f4nicos com frequ\u00eancia, possuem uma maior chance de desenvolver TCAP um ano depois.<\/p>\n\n\n\n

A cada hora gasta nas redes sociais, por exemplo, a pesquisa apontou que foi associado um risco de 62% maior de desenvolver a doen\u00e7a. J\u00e1 para as horas assistindo televis\u00e3o ou filmes, o n\u00famero \u00e9 de 39%. Para Jason Nagata, professor assistente de pediatria da Universidade da Calif\u00f3rnia em San Francisco e autor do estudo, isso acontece porque \u201cas crian\u00e7as podem ser mais propensas a comer em excesso quando distra\u00eddas em frente \u00e0s telas<\/strong>\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Pensando nisso, conversamos com as nutricionistas Dra. Fl\u00e1via Montanari, da Liga da Cozinha Afetiva, e tamb\u00e9m com a Dra. Renata Buzzini, diretora do Cardapioterapia, para tirar as principais d\u00favidas sobre o assunto e dar dicas de como driblar esse problema.<\/p>\n\n\n\n

O que \u00e9 Transtorno da Compuls\u00e3o Alimentar Peri\u00f3dica?<\/h2>\n\n\n\n

O Transtorno da Compuls\u00e3o Alimentar Peri\u00f3dica (TCAP) pode ser caracterizado pelo consumo repetido de quantidades excepcionalmente grande de alimentos, de acordo com Renata Buzzini. \u201cOu seja,\u00a0comer compulsivamente\u00a0acompanhado de um sentimento de perda de controle durante o epis\u00f3dio de compuls\u00e3o alimentar\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, Fl\u00e1via Montanari comenta que geralmente o ato de comer acontece por um per\u00edodo de tempo curto, sendo uma enorme ingest\u00e3o dos alimentos em 2 horas, aproximadamente. \u201cA sensa\u00e7\u00e3o de perda de controle sobre o que ou o quanto se come, \u00e9 seguido de sentimentos de vergonha e culpa, podendo de manifestar ainda na inf\u00e2ncia\u201d, completa.<\/p>\n\n\n\n

O que as telas t\u00eam a ver com o Transtorno da Compuls\u00e3o Alimentar Peri\u00f3dica?<\/h2>\n\n\n\n

De acordo com a Unicef, um a cada tr\u00eas usu\u00e1rios de internet no mundo s\u00e3o crian\u00e7as. Com a pandemia, houve uma populariza\u00e7\u00e3o ainda maior de consumo, fazendo com que houvesse uma dedica\u00e7\u00e3o mais frequente ao uso de telas. A partir disso, Renata explica que pode haver uma maneira secund\u00e1ria de influ\u00eancia, pois a queda do gasto de energia aumenta o desejo por alimentos, fazendo com que a crian\u00e7a coma refei\u00e7\u00f5es mais cal\u00f3ricas, ocorrendo o\u00a0aumento de peso\u00a0associado tamb\u00e9m ao estresse e ansiedade.<\/p>\n\n\n\n

Fl\u00e1via acrescenta ainda que as crian\u00e7as tamb\u00e9m podem passar a dividir a aten\u00e7\u00e3o entre as telas e as refei\u00e7\u00f5es. Com isso, elas n\u00e3o conseguem perceber a quantidade que est\u00e3o comendo, al\u00e9m de impactar na mastiga\u00e7\u00e3o, absor\u00e7\u00e3o de nutrientes, e digest\u00e3o. \u201cIsso pode ser um fator para o desenvolvimento de transtornos na\u00a0alimenta\u00e7\u00e3o\u201c.<\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/figure><\/div>\n\n\n\n

A distra\u00e7\u00e3o pode fazer com que a crian\u00e7a coma mais<\/h2>\n\n\n\n

Por causa da imers\u00e3o provocada pelas telas, isso interfere nos sinais fisiol\u00f3gicos de fome e saciedade. Al\u00e9m disso, \u201cpode levar a escolhas alimentares inadequadas com o consumo de alimentos menos saud\u00e1veis\u201d, refor\u00e7a Fl\u00e1via. Quando isso entra para a rotina, Renata faz um alerta para o in\u00edcio de um ciclo.<\/p>\n\n\n\n

\u201cDiante das telas, e crian\u00e7a n\u00e3o quer \u2018perder tempo\u2019 do jogo ou do que estiver fazendo e parte para algo pr\u00e1tico e r\u00e1pido para comer\u201d, explica. \u201cCom a recorr\u00eancia disso, outros fatores v\u00e3o sendo desencadeados, como o comer bem mais r\u00e1pido que o normal, comer at\u00e9 se sentir desconfort\u00e1vel e acabar ingerindo grandes quantidades de alimentos, mesmo estando sem fome\u201d, completa Renata.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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